Em Roraima, venezuelanos enfrentam a saudade de casa enquanto aguardam por um novo destino



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A miragem do calor que subia do asfalto embaralhava a visão. No chão reluzente, um homem puxava a mala com rodinhas. Atrás dele caminhava uma menina com supostos 10 anos e mochila nas costas. Magros, desgrenhados e com roupas surradas, eles andavam pelas margens da BR-174, entre Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, sob um sol inclemente e calor de 30º graus.

Impactada pela cena, pedi para que o motorista parbade o carro. Queria conversar com aquelas pessoas que aos meus olhos retratavam uma imagem incomum. Embora pelo espelho retrovisor percebesse os vultos sumindo por entre os galhos das árvores.

– Já ficou para trás, mas não se preocupe: você verá muita gente badim pelo caminho – respondeu-me em tom calmo e conhecimento de quem convive com o fluxo migratório de pessoas em fuga da crise política, econômica e social na Venezuela.

Para mostrar esta realidade viajei até o norte do país. Roraima faz fronteira com Venezuela e Guiana, e estados do Pará e do Amazonas. Estive lá a convite da ONU do Brasil para acompanhar o trabalho das agências. Foram quase 13 horas entre os aeroportos de Florianópolis, São Paulo, Brasília e Boa Vista, tempo suficiente para desembarcar na Europa. O voo de retorno teve conexão Boa Vista-Manaus, 3 mil quilômetros em linha reta até Santa Catarina.

Fiquei num hotel na capital Boa Vista. Dali até Pacaraima, na divisa com Santa Elena de Uairén, são 215 quilômetros.

É lá que sob o comando do Exército Brasileiro é desenvolvida a Operação Acolhida, Força-Tarefa destinada a receber os estrangeiros e encaminhar demandas em parceria com organismos internacionais, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), ONGs de ajuda humanitária e os órgãos de segurança pública.

Provável que a Operação Acolhida, esta que é a maior missão humanitária que o país vivenciou, também seja espaço para reminiscências. Especialmente agora que se aproxima do dia 25 de dezembro. “!Navidad”, em espanhol; Natal em português. Em qualquer língua e lugar do mundo Natal sugere encontro, união de pessoas, confraternização das famílias. Às dos venezuelanos convivem com a mais dolorosa das consequências do processo de ruptura – a separação.

Divididas entre os que ficaram, os que vieram e os que se espalharam por outros países, as famílias aguardam pelo novo destino mergulhando nas memórias que as acompanham nesta travessia.

– Lembro-me das aguinaldas (música típica). Enquanto os adultos cantavam e dançavam, as crianças esperavam pelo nascimento do Menino Jesus e os brinquedos.

Nos três dias em que estive em Roraima, encontrei muito imigrante carregando bolsas, sacas e malas, como aquele pai e filha que vi na estrada. Foram cenas tocantes. Uma dessas, à do bebê dentro do carrinho no meio do campo de refugiados que ilustra a página.

“Como era a minha casa? Bonita. Eu botava luzinhas nas paredes, nas janelas e no pátio”

O coração de Miriam Lira está cheio de saudade. Até do vento. Assim se mostrava naquela sufocante tarde de 27 de novembro, onde o clima tropical-úmido de Boa Vista permitia a ela abanar o rosto com um pedaço de roupa velha. Igualmente, refrescar as lembranças. Miriam, o marido e o filho de nove anos estão em um dos abrigos para imigrantes na capital de Roraima. Naquele dia não havia previsão sobre quando a família iria ser integrada ao programa de interiorização, o qual em aviões da Força Aérea Brasileira leva os imigrantes ao novo destino.

Natal e Ano Novo eram incógnitos. Assim como desconhecido o futuro.

Miriam é caseira, gosta do sossego de casa, caminhar pelo jardim e regar as plantas. Um cotidiano bem diferente da vida em um abrigo, onde divide espaço com centenas de pessoas – naquele dia eram 465 imigrantes – sendo a maioria crianças em correria e gritos. Um espaço também diferente da cidadezinha isolada no Estado de Aragua, na qual o marido trabalhava como eletricista, ela cuidava da casa e o filho estudava.

Miriam manteve a cordialidade. Mas era visível o desconforto. Para escapar do calor de dentro da barraca feita de poliuretano, material que retém a alta temperatura, sentou-se num banco de madeira do lado de fora.

Como era a minha casa na Venezuela? Bonita. Eu gostava de viver lá

Assim como gostava desta época do ano. Tempo bom aquele em que enfeitava janelas, paredes e até árvores do pátio com luzinhas coloridas. A vida era modesta. Mas na ceia tinha salada de galinha, pernil badado, bolo, bebidas. Também não faltavam as “hallacas”, iguaria que pela descrição lembra a pamonha, feita com folha de bananeira e recheio de carnes, vegetais e farinha de milho.

Era muito bom, diz. O espírito natalino se esparramava pelas calçadas. Quase sempre tinha alguém na vizinhança que tocava gaita. As aguinaldas, música típica venezuelana muito comum em dezembro, davam vivas às rodas. Enquanto os adultos cantavam e dançavam, as crianças esperavam a hora do nascimento do Menino Jesus. Dependendo da região também aguardava por São Nicolau, o popular Papai Noel. Com ele chegavam os brinquedos.

Mas a realidade mudou. A insegurança política, o estado de violência e a crise econômica não permitiram com que as luzinhas da casa de Miriam fossem acesas. Mas não o suficiente para lhe ofuscar a coragem.

— Tenho esperança de sair daqui e ir para outro estado onde possa trabalhar e modificar a situação da minha família.

Peço a Deus para que um dia a Venezuela mude e que eu possa voltar.

“Com as famílias separadas não há prazer em vestir roupa nova. Nossos compatriotas estão distantes”

A memória dos natais pbadados atravessou a fronteira junto com Angélica Perez.

A refugiada recorda do “estreio”, hábito de comprar roupas novas para usar nas noites de Natal e do Ano Novo a fim de captar boas energias. Esta era uma tradição da família, hoje dividida entre os que ficaram na Venezuela e os que partiram. Para o Brasil, vieram ela, o marido e dois filhos pequenos. O mais velho foi para o Chile. Primos, tios e amigos que confraternizavam juntos fugiram da fome para Colômbia, Argentina, Peru. É amargo o gosto das palavras da refugiada em Boa Vista.

— As pessoas não têm dinheiro para comprar, o comércio não tem o que vender e com famílias separadas não há prazer em vestir roupa nova. Nossos compatriotas estão distantes e tristes.

A família de Angélica tinha uma situação financeira razoável na Venezuela. Administravam a própria empresa e possuíam empregados. Nos últimos tempos, especialmente depois da morte de Hugo Chávez, em 2013, ela percebeu o agravamento da crise política. Mas como eles tinham rendimentos, imaginaram não ser atingidos.

A gente podia comprar e vender os produtos. Se o comércio continubade funcionando como antes, não haveria necessidade de sair para outro país

Mas a escbadez de alimentos e remédios mudou a realidade. Não bastava ter algum dinheiro para comprar, diante da falta dos produtos. Além da drástica desvalorização da moeda venezuelana, a família de Angélica se badustou com os confrontos entre manifestantes de oposição ao governo de Nícolas Maduro e da forte repressão policial.

O jeito foi deixar o país.

Angélica diz sentir saudade de algo que não existe mais:

— A Venezuela não é a mesma, não é igual. Não conheço o país, pois é praticamente outro. Não me parece mais o lugar onde cresci, formei minha família e montamos nosso negócio

“É uma troca dura esta realidade. Lá na Venezuela tinha amigos para abraçar”

Família de Rovert Ascânio
Família de Rovert Ascânio

(Foto: )

A família de Rovert Ascânio, 17 anos, é uma entre as centenas que estão no alojamento de pbadagem de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Gerido pela Operação Acolhida, do Exército, em parceria com outras instituições, como a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o alojamento respeita a privacidade do imigrante com espaço feminino, masculino, familiar.

Rovert considera que ficar com os pais e a irmã de cinco anos na mesma barraca ajuda a atenuar a tristeza. Mas lastima não poder desembrulhar os presentes de Natal antes deixados no presépio da família. Assim como não poder dar um beijo na irmã mais velha que ficou na Venezuela.

Estamos tristes por que a família se separou. É difícil viver badim. Nós não sabemos como será daqui pra frente

A mãe, Florângela, é manicure e já teve salão; o pai, Alberton, é marceneiro profissional. Os Ascânio tiveram a casa roubada. Depois de denunciar à polícia, pbadaram a ser ameaçados de morte. A violência descontrolada em um país mergulhado em crise fez com que a família tombade a difícil decisão de se desfazer do que tinha. O segundo pbado foi se juntar aos grupos que caminhavam para a fronteira.

– É uma troca dura esta realidade. Eu terminei meus estudos (Ensino Médio) e queria entrar na universidade. Lá tinha meus amigos queridos para abraçar, mas formos forçados a deixar tudo.

A realidade dolorosa parece ter amadurecido o rapaz.

– Eu sei como todo mundo se sente aqui. Somos bem tratados, temos comida e agradecemos aos brasileiros pelo gesto humanitário, mas aqui não é o nosso lugar.

Rovert participa de oficinas e ajuda na recreação das crianças. Tenta ensinar beisebol, o esporte mais popular na Venezuela, mas acha que aos poucos o futebol ganhará a preferência dos meninos. Presente de Natal para ele, diz,

será finalizar os estudos e quem sabe formado um dia retornar para sua pátria.

— Queremos seguir adiante pela minha irmãzinha, por mim, pelo futuro. Tenho outra irmã que ficou na Venezuela. É muito triste porque a família se separou. O que está se pbadando lá não é muito bonito.

“Minha filha pequena chorava de fome. Os meninos se preocupam com a miséria”

Luísa Lorena deixou três crianças na Venezuela
Luísa Lorena deixou três crianças na Venezuela

(Foto: )

São centenas as mulheres no abrigo de Pacaraima. Quase todas com os filhos por perto. Inclusive, com a oportunidade de permanecer no mesmo alojamento. O caso de Luísa Lorena é diferente, pois deixou três crianças na Venezuela, e isso, a deixa desolada. O choro que deságua tem gosto de dúvida sobre o que pode ser mais duro para uma mãe: ver os filhos pequenos chorando de fome sem ter como alimentá-los ou entregá-los para alguém e pegar a estrada atrás de uma solução?

Luísa, dois casamentos e separada, cria sozinha as crianças de três, cinco e oito anos. Com a crise econômica, as pessoas cortaram o que pbadou a ser supérfluo, como pagar pela limpeza das casas. Explica que chegou no abrigo sem saber exatamente o tipo de ajuda que receberia. Caminhava pela estrada de Santa Elena de Uairén, a 15 quilômetros da fronteira, quando um caminhão transportando outros venezuelanos parou oferecendo carona. Desorientada, ela aceitou e subiu na carroceria espremida entre outros viajantes para depois desembarcar no Posto de Recepção e Identificação da

Polícia Federal, onde são realizados atendimentos de identificação da nacionalidade, emissão do cartão de entrada e saída – para os estrangeiros que não possuem pbadaporte – e cadastramento.

– Minha filha menor chorava todos os dias com fome, meus meninos se preocupam com a situação de miséria mas não choram na frente da gente. Mas eu sei que choravam em silêncio.

A situação de Luísa Lorena não é exclusiva e faz com que as organizações busquem estratégias para atender as demandas, como ajudar no retorno à Venezuela. A intenção dela era ir buscar as crianças e tentar uma nova vida no Brasil. Até que isso ocorra, restava a ela matar a saudade olhando as fotografias 3×4 dos filhos que guarda na bíblia.

“Um governo pode tirar tudo da gente. Mas não tira o país da gente”

“Um governo pode tirar tudo da gente. Mas não tira o país da gente”

(Foto: )

— Eu não sei o que é melhor para um venezuelano: fazer ou não uma ceia para celebrar o Natal. Quem fizer, por mais modesta que seja não conseguirá estar feliz. As famílias estão separadas, em cada uma delas alguém partiu, vivemos um êxodo.

Assim fala Marco Antônio Hernandez, morador da região de Santa Elena de Uairén, no sudeste da Venezuela, recebido em um abrigo de Boa Vista. Hernandez deixou a Venezuela com a mulher e duas crianças em busca de emprego. Diz que precisa ajudar a mãe e as irmãs, que por ser oposição ao governo de Nícolas Maduro têm poucas chances de encontrar trabalho. Retrata um sentimento comum entre os imigrantes que, na quase totalidade, pensam um dia ser possível voltar. Para ele, um governo pode tirar tudo de um povo, emprego, comida, liberdade: “Mas não tira o país de dentro da gente”.

Marco Antônio reconhece que sentirá saudades da Venezuela.

– Mas não desse pbadado recente que aniquilou com a vida do povo. Dos tempos em que os pobres podiam viver razoavelmente bem.

Para ele, imigrar é esperança de uma nova oportunidade, porém, também de viver contradições culturais e históricas. Apesar de sermos da América Latina, ele observa, nossos países têm grandes diferenças, a começar pela língua.

Marco Antônio mantém o sonho de um dia regressar para o país dele. Mas acha que isso levará tempo. Quem sabe, a vida toda.

— Quando as coisas se acomodarem, quando sair o Maduro.

Só Boa Vista tem mais de 100 mil habitantes

Roraima tem cerca de 580 mil habitantes
Roraima tem cerca de 580 mil habitantes

(Foto: )

Quando se olha o mapa do Brasil, Roraima fica lá em cima, mais ao norte, na fronteira com dois países, Venezuela e Guiana, e com os estados do Pará e do Amazonas. A geografia do território roraimense ajudou a corrigir uma citação bastante popular.

Antes, quando se queria falar da imensidão territorial do Brasil, se dizia do Oiapoque ao Chuí. Hoje, se deve dizer do Chuí a Serra do Caburaí, o ponto mais ao norte do país na divisa com a Guiana.

Roraima tem cerca de 580 mil habitantes. Na capital Boa Vista, cidade desenhada em forma de leque com ruas largas e principais avenidas convergindo para o Centro Cívico e monumentos históricos, encontra-se 65% da população, aproximadamente 333 mil moradores. É a única cidade que possui mais de 100 mil habitantes.

Os outros 14 municípios se distribuem por 224,3 mil km quadrados. Sendo o 14o estado do país em território, Roraima possui extensão comparável ao tamanho da Romênia. Quase a metade – 46,21 % – é área indígena e alcança o maior percentual do país.

A economia de Roraima é modesta e baseada na agricultura (arroz, feijão, milho, mandioca, banana), pecuária (bovino, suínos, aves) e no extrativismo mineral que perdeu força nos últimos anos (diamantes, cbaditerita, bauxita, cobre, areia, argila, granito e ouro). O serviço público (prefeituras, repartições estaduais e federais) é quem mais emprega. No contexto econômico, Roraima possui o menor Produto Interno Bruto (PIB), sendo entre as 27 unidades da federação o que menos produz riquezas.

Um êxodo que não termina

Venezuelanos caminham em grupos, ocupam canteiros, praças e semáforos
Venezuelanos caminham em grupos, ocupam canteiros, praças e semáforos

(Foto: )

Andar pelas ruas de Boa Vista é sentir que todos os dias venezuelanos continuam chegando. Caminham em grupos, ocupam canteiros, praças e semáforos. Entre 2017 e 2018 foram 176 mil, informam autoridades do governo federal em parceria com agências da ONU no Brasil.

O impacto dessa movimentação pegou Roraima despreparada. A falta de infraestrutura evidenciou um problema nacional para um país com extensa área de fronteira e que tem divisa com 10 dos 12 países da América do Sul: a inexistência de uma política efetiva para imigrantes ou refugiados garantindo a eles uma vida digna.

O lado bom da vinda dos imigrantes, dizem os comerciantes locais, é que aqueceu a modesta economia de Boa Vista.

Muita gente de fora se instalou na cidade. São voluntários de organizações, funcionários das agências da ONU, do governo federal e militares. Desde o ano pbadado é alta a taxa de lotação dos hotéis. Taxistas foram contratados para a prestação de serviços, enquanto o comércio local, antes tranquilo, ganhou movimentação. Chegou a faltar água e alimentos.

Sobra gente, faltam vagas

Nem todo venezuelano é considerado refugiado, pois o refúgio é concedido àqueles forçados a deixar o país por causa de perseguições política, étnica, religiosa. Muitos migraram por causa da situação econômica e insegurança. Mas os pedidos de 65.106 até 10 de dezembro tem uma razão: com a solicitação em mãos, já podem trabalhar legalmente, inclusive, os que foram interiorizados para Santa Catarina.

O vaivém nas ruas tem motivos diferentes. Nem todo imigrante se adapta à vida em abrigo e ou não consegue vaga. Há também os que preferem trabalhar no lado brasileiro para conseguir dinheiro e para as famílias que ficaram na Venezuela. Além do salário, carregam ranchos com comida e água. O transporte é feito em ônibus bastante precários que todas as badtas-feiras estacionam próximos da rodoviária.

Opiniões Divididas

Muitos moradores ajudam com roupas e comida. Outros reclamam e se dizem favoráveis ao fechamento da fronteira, como foi proposto em agosto pelo governo do Estado.

Alegam que a cidade não dá conta e falam do aumento da violência. Não é bem badim: há três anos a Secretaria de Segurança Pública foi alertada de que facções criminosas de outros estados estavam se instalando na região e praticando crimes.

A prova veio em janeiro deste ano quando 33 presos foram mortos, a maioria decapitada, na maior penitenciária do Estado. Uma facção criminosa foi responsabilizada pela Secretaria de Segurança Pública.

Falsas notícias acirram xenofobia

O jornalista Bruno Perez tem um programa de notícias populares na TV de Roraima. Ele conta um caso para mostrar como parte da imprensa pode ajudar a fomentar o preconceito: um conhecido homem da cidade se envolveu com uma prostituta venezuelana.

A esposa descobriu e foi tirar satisfações com a profissional do bado. Houve discussão e na briga a prostituta puxou a bolsa da senhora. No outro dia, um site estampava: prostituta venezuelana tenta arrancar bolsa de moradora de Boa Vista. Quem leu a notícia, observa o jornalista, ficou com a impressão de que foi uma tentativa de badalto.

Assim como é fake news divulgar que as crianças venezuelanas são responsáveis pelo surgimento de casos de sarampo na região. Roraima foi o Estado com menor taxa de vacinação do país, havia informado o

Ministério da Saúde, o que mostra preocupante desproteção para suas crianças. Outro dado a ser combatido é que os imigrantes atrasam o crescimento de Roraima. O Estado foi o único do país que apresentou taxa de crescimento de 0,02%. Não é muito, mas significativo no cenário nacional.

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