O que esperar do Governo
Os ministros de Minas e Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional falaram à imprensa sobre as medidas que o Governo Federal está fazendo para mitigar o desastre ambiental da Vale, em Brumadinho.
Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energiadeu destaque a criação, em dezembro do ano pbadado, da Agência Nacional de Mineração (AMN), que ocupa o papel que executava o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), na regulação do setor. “Desde que ocorreu esse infeliz acidente, os técnicos da agência, bem como os técnicos da CPRM [Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais] estão trabalhando para apurar os fatos e contribuir naquilo que é mais importante no momento: mitigar o acidente, impedir que coisas semelhantes possam ocorrer e dar apoio às autoridades, principalmente à Defesa Civil, para que haja o monitoramento do avanço da lama e coleta de material para que saber da qualidade da água do rio Paraopebas”.
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambienterespondeu às críticas de que o Governo teria interesse em afrouxar a legislação ambiental. “Não há e nunca houve nenhum projeto de afrouxamento de fiscalização [ambiental]”, afirmou Salles. O presidente Jair Bolsonaro já fez reiteradas críticas a uma suposta burocracia ligada à concessão de licenças ambientais e ao que chama de “indústria de multas”. Salles reiterou que o que foi demonstrado hoje, através da atuação do Ibama, é que a fiscalização e atuação do órgão ambiental é rigorosa e rápida. “Nós precisamos ter foco na atuação. É preciso tirar questões simples e aprofundar nas de maior risco, para que as equipes possam se dedicar com mais afinco nas atividades com maior potencial, como as barragens”, afirmou. Para isso, uma mudança na legislação ambiental “não é só possível como necessária”, afirmou o ministro.
Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional afirmou que o destaque do Governo são as vítimas. “Vamos focar no que é importante. Essa tragédia é uma tragédia humana, estamos falando de 345 desaparecidos, só da Vale. Sete óbitos confirmados e dois prováveis. São 354 vidas. O importante agora é focar no resgate, no salvamento e na identificação dessas vítimas”, afirmou. Canuto também defendeu a simplificação de processos. “O Governo vai revisar os processos, simplificar. O objetivo é melhorar os procedimentos para evitar que uma tragédia humana como esta volte a acontecer”.